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Desapego

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Eu sempre fui do tipo de garota que se apaixona, por tudo, por todos, por aquilo que desconheço, por aromas e sabores. Antes dos cinco, não vivia sem meu bicho de pelúcia, não era qualquer pelúcia que as crianças tanto gostam. Era meu, era único. Tinha um aroma diferente, de algo que não sabia diferenciar, mas que mesmo assim gostava. Ele era meu melhor amigo, meu conselheiro. Minha companhia quando um castigo era dado. Mas uma hora tivera que crescer, eu o deixei. 
As coisas costumavam a me deixar, até eu fazer isso pela primeira vez. Abri mão de muitas amizades, de alguns amores. Depois de um tempo isso começou a me magoar, não era aquela menina mais que conseguia abrir mão de qualquer coisa. As coisas começaram a ter valor para mim, começaram a causar dor quando partiam. "... Sem apego.Sem melancolia. Sem saudade. A ordem é desocupar lugares. Filtrar emoções" Como dizia meu querido Caio Fernando Abreu. Eu era assim, precisava da emoção de conhecer novas pessoas, novos lugares, e assim perdia algumas pessoas no caminho. Mas com o tempo, com ajuda dos hormônios ( Meus queridos, que estão sempre presentes, as vezes presentes até demais), mudei, cresci e aprendi que algumas coisas, por mais divertidas e prazerosas que sejam, podem machucar, não só a mim, mas aos outros. Acho que mudei, a partir do momento que me perguntei: " Será que as pessoas não se machucam? Com essa mudança repentina?". 
Apaixonei-me, pratiquei o desapego, mudei, cresci. 

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