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fuga

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Eu fugi. De tudo, de todos, daquilo que me perseguia, daquilo que foi-se embora e que me deixou saudade, da culpa, do medo. Fugi, não porque quis, mas porque precisava. Já estava sedenta, cheia de culpa, tomada pelo medo da solidão, que no final foi a unica amiga que me restou. Eu quis mudar, começando por mim, aquela que tanto muda e que se diz mudada, mas não é bem assim que acontece, continuo sendo uma menina com medo do escuro, agarrada na luminária, feito macaco e uma banana, com medo de que todos aqueles monstros que moravam debaixo na minha cama, viessem me pegar. Continuo sendo aquela menininha que chora por causa da boneca quebrada, sentida por ela não poder fazer mais parte do meu mundo imaginário, que por não ser mais importante fosse banida daquele mundo que eu chamava de meu. Não sei você, mas eu vejo semelhança, de ser banida daquele mundo imaginário, faz de conta. Sinto medo de ser banida, daquilo que conheço e fazer parte daquilo que desconheço. O escuro já não me atormenta mais, mas na perda desse medo, outros vieram em seu lugar, e eu? O que posso fazer? Só me resta esperar, até que esses que aqui estão, partam para longe. Eu fugi meu querido, não porque quis, mas porque tudo isso que aqui lhe disse me fizeram crer que precisava.

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